Zé, o tuga do costume, vive num país rodeado pelo laxismo e a ineficiência, deixo-me vencer e vou atrás deles, triste fado trágico-comediado, que é o dia a dia de cada um de nós. o Blog em aberto, porque todos nos identificamos com o aZElha!

 

 

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segunda-feira, 10 de julho de 2006

José Rodrigues dos Santos ou o nascimento de um Ídolo

Quem não conhece o Rato Mickey Português?
Ainda me lembro de o ver com cara de puto no telejornal da uma, no dia em que o Iraque invadiu o Koweit (só não me lembro se foi em reposição do telejornal da tarde do dia seguinte), da maneira como depois disso a sua carreia foi catapultada, seguindo rapidamente para o jornal das oito (lugar mais cobiçado para qualquer pivot). Devo admitir que sempre gostei da sua cara honesta e brincalhona, das piadinhas, mesmo que por vezes forçadas e gafes que ia cometendo. Li o seu primeiro livro, “A filha do Capitão” e gostei muito, mais que o romance central, o que mais me agradou foi a envolvência e informação, quer sobre Lisboa do início do século XX, quer sobre a participação portuguesa na I Guerra Mundial, com pormenores que evidenciam um trabalho de investigação e preparação notável, recomendo vivamente. Depois ganhou o meu respeito pela sua demissão de director de informação da RTP, após a nomeação política do correspondente em Madrid sem o consultarem e consequente intervenção na comissão que o parlamento criou para esclarecer a confusão gerada. Tive a sorte de estar em casa e assistir ao vivo toda a sua argumentação e sinceramente... Aplaudi!
Foi por isso, que um dos meus pedidos de “Natal Antecipado” foi que me mandassem o novo livro dele o “Codex 632”, que está aqui ao meu lado.
Estou a devorar e a adorar o livro, principalmente e mais uma vez, pela riqueza da informação exposta. Mas isso por si não faz um ídolo. Foi com grande espanto meu, e que me atingiu como um raio, que me deixou temporariamente em estado de choque, ao ler, escrito pelas mãos deste senhor, que... até me faltam as palavras, talvez o melhor seja transcrever o excerto:
“Encheu as palmas das mãos com os dois seios e apertou-os como se fossem duas almofadas, numa pulsão de luxúria, queria os sentir fofos e gostosos. Enquanto ele os mamava, Lena desapertou-lhe o cinto e o botão das calças; correu a braguilha para baixo e tirou-lhe as calças com um movimento rápido. Privando-o dos seus seios, de pressa o recompensou de outro modo; ajoelhou-se aos pés da cadeira, inclinou-se sobre o seu regaço e encheu a boca . Tomás gemeu e perdeu o pouco do controlo que lhe restava sobre si mesmo.”
LINDO! Quase poesia em movimento! O mesmo homem que passa folhas e folhas a descrever sistemas de criptografia e a tentar descobrir a identidade do Colombo também consegue escrever para as publicações “Harlequim”!!!
Nada o faz prever, umas insinuações sexuais, tentativa de dar um toque de sensualidade e erotismo ao livro, mas nada nos prepara para tal descrição. Fui apanhado de tal forma de surpresa que tive de reler, sempre sem conseguir tirar um sorriso idiota da cara.

Este Homem é um Senhor!

PS: Quando tudo estiver a correr mal, quando nada parecer fazer sentido relembrem a prosa de JRS “The Man”: “inclinou-se sobre o regaço e encheu a boca”
Mai Nada!

PS2: Esta posta também foi escrita em Bolama sobre o efeito nefasto da malária...