adores...
Apesar de existirem morcegos todo o ano, com o aparecimento das primeiras mangas aparecem aos milhares. Estes são frutívoros não são vampiros (felizmente) e alguns aqui que chegam a ter mais de um quilo e meio metro de asa a asa... (comprovado pela quantidade de ramos que partem com o seu peso)
Seguindo a lógica do melro que come azeitonas saber a azeite seria de supor que estes morcegos fariam óptimas sobremesas, mas apesar de ter conhecimento de algumas pessoas que os comem, todos os directamente inquiridos fizeram uma cara de nojo face a essa ideia... enfim, para todos os efeitos são mesmo ratos com asas.
Entretanto descobri também que tenho uma coruja como vizinha numa papaieira ao lado do meu quarto e que fazem um incrível barulho toda a noite, começo mesmo a pensar que este bicho faz o dito barulho a respirar, parecendo mesmo um homem com um ressonar estranho.
A minha casa é uma das antigas coloniais, com o rés do chão transformado em armazéns e o primeiro andar com divisões interiores rodeadas por uma grande varanda, excepto no local onde fizeram a cozinha e duas casas de banho assim sendo sou visitado regularmente por morcegos, já tive mesmo um que entrou acidentalmente no meu quarto e ficou uns cinco minutos até se resolver a sair (ainda pensei que me ia deixar um presente, mas safei-me) mas no outro dia aconteceu algo fora do normal. A minha amiga coruja farta da sua papaieira decidiu apresentar-se à casa. Foi a confusão geral, já que descobri que a minha empregada tem um medo que se péla da ave, e esta não fazendo por menos foi entrar na parte da varanda ao lado da cozinha onde ela se encontrava... Podem não acreditar, mas as corujas são mesmo muito sensíveis à luz e foi cómico ver o passaroco por várias vezes a levantar voo e ir directamente e até com certo balanço directamente contra a parede. Coitadinha da ave devem alguns estar a pensar, mas a verdade é que durante todas essas colisões tentava acalmar a mulher (Piquinina de seu nome) mais a sua bebé (a Aua) que anda nas suas costas (já passou mais tempo nas costas que na barriga) e com um cabo de vassoura a tentar ajudar o bicho a sair da casa, mas este infelizmente devia estar mais assustado que a Pequenina, e ao tentar fugir enquanto cego esbarrava continuamente contra todas as paredes que encontrava, até finalmente se decidir a agarrar ao cabo em vez de fugir (e que grande garras tem a coruja!) e me deixar encaminhá-la para a sua árvore... Mais tarde e depois de mais calma a Pequenina explicou-me que a coruja por ser tão feia (lá bonita de fuça não é) e por fazer os tais barulhos é considerada má e de certo modo sobrenatural, o que explicou o rebuliço e aflição da mulher face ao pássaro.
PS: Este post foi escrito a uma semana, felizmente gravei/o... hoje estou num computador sem acentos, isto e lindo! Na outra semana nao deu para por foto.. tentemos nesta!
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