Zé, o tuga do costume, vive num país rodeado pelo laxismo e a ineficiência, deixo-me vencer e vou atrás deles, triste fado trágico-comediado, que é o dia a dia de cada um de nós. o Blog em aberto, porque todos nos identificamos com o aZElha!

 

 

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segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Como é possível...
Até tinha pensado numa posta divertida, baseada num ditado que aprendi esta semana, mas infelizmente ontem não pude postar aqui e hoje aconteceu algo que me parece mais importante para contar, infelizmente não é tão divertido...
Apesar de ainda não estar em Bolama, a fábrica para onde vou vai precisar de pessoas com formação especial para lugares de supervisores e chefes de secção. Para não perder tempo desnecessário e como o tipo que vendeu as máquinas para a fábrica é o director fabril de uma unidade aqui em Bissau, decidiu-se que os candidatos começariam a formação já aqui em Novembro.
No inicio do mês lá conheci os meus "meninos" e informei dos principais requesitos que impunha... 11º ano de escolaridade (aqui não há 12º), responsáveis, honestos e trabalhadores, com especial realce para a questão do alcool... Não admito alcool durante o horário de trabalho nem que apareçam de ressaca no trabalho. Fui bem claro nesse ponto.
Hoje tive de passar pela dita fábrica para buscar material para outra fábrica em Mentem (onde estou a trabalhar provisóriamente) e como sempre fui ver como estavam a progredir os "meus meninos" (4 homens e 2 meninas). Neste processo aparece um tipo que eu não conhecia a chamar-me pelo nome. Mal me virei para a personagem senti uns vapores etilicos de tal ordem que pensei " se estivesse a acender um cigarro agora não tinha cabelo..." como não o conhecia limitei-me a pedir-lhe desculpa mas não falava com pessoal bebado e virei costas (ainda não era meio dia).
Entretanto achei estranho que aquele tipo soubesse o meu nome e tivesse inclusivé se tivesse dirigido a mim com tal à vontade. Resolvi perguntar a um dos jovens se aquele tipo estava também a estagiar e para minha grande surpresa disseram-me que sim...
Apesar de não me lembrar dele acreditei e fui novamente falar com ele... uma conversa breve. Assegurei-me que era mesmo um estagiário e depois disso limitei-me a avisar que não precisava de voltar mais, porque ele claramente não estava talhado para o lugar pretendido.
Quando sai de lá fui ver as minhas fichas pessoais e mais uma vez não encontrava o nome do sujeito nos meus processos... e eu que pensava que tinha tudo organizado... decidi por isso pedir dispensa ao Boss da minha ida para Mentem (interior) para ficar e ir ao escritório em Bissau, onde tinha já outros trabalhos a fazer.
No escritório fiquei a saber o que aconteceu... o sr. Carlindo da Silva apareceu lá de manhã com uma carta de apresentação para estagiario, pelo que preencheu a respectiva ficha biográfica para iniciarmos o seu processo individual na empresa. Depois o responsável do escritório deu-lhe um adiantamento para pagar o transporte diário (para o mês de Dezembro) para a fábrica. De realçar que o jovem não estava bebado nesta altura (10 da manhã).
Se calhar estou-me a precipitar, mas aposto que o tipo ficou tão contente que decidiu festejar antes de se apresentar na fábrica e pelo caminho consegui arranjar uma valente cadela para o acompanhar... Resultado: Teve o estágio mais curto da história da Guiné Bissau (1h); Custou 10 mil Francos cfa (cerca de 30 €) à empresa; Ficou a conhecer por dentro uma fábrica de processamento de castanha de caju e acima de tudo foi o responsável pelo meu primeiro despedimento...Assim não Guiné...