» Quando o último grito era de baixa densidade Quando era mais novo (nem sequer consigo compreender como já consigo dizer "há uns 15 ou mais anos atrás") não tive a mesma vivência que muitos no que toca aos Spectrum. Isto porque a minha experiência se resumiu às poucas vezes em que tive contacto com um ZX na casa de um amigo e de um tio. Mesmo assim ainda foram horas de Target Renegade, Arkanoid, Ping-pong, Scuba Dive, Chuckie Egg, ou mesmo o Paradise Café, entre muitos outros. No entanto, quando eu e o meu irmão insistimos muito por podermos ter um vertiginoso 128K, o que recebemos foi, nada mais nada menos que... o último grito. Um Schneider Euro PC:
Sem disco rígido (o que era isso?!), só aceitava disquetes de baixa densidade, dispondo de uns admiráveis 512 Kb de RAM. O ecrá era um hércules (monocromático). Que peça!
Um jogo demorava segundos a entrar e sem o barulho estridente de uma k7 no spectrum. Que avanço tecnológico! Tínhamos várias e várias cópias de segurança do MS-DOS... e ai os comandos de MS-DOS... e jogos e mais jogos que faziam inveja a muitos.
Mas os jogos foram-se transformando em coisas bem mais complexas com o tempo e com os empréstimos. Rápidamente as dezenas e dezenas de disquetes que possuía sofreram mutações, passando a ninhos gordos e deliciosos de vírus e mais vírus e tudo se foi desvancendo. "Pssst... meu menino, hoje é 6ª-feira, dia 13... nada de ligar o computador...".
Quando dei por mim, já tudo corria apenas em CGA e VGA, e raro era o programa que cabia numa só disquete de baixa densidade. Foi por isso que me fiquei pela colecção de vírus, muito mais maneirinhos, compactos e fiáveis. Mas não era muito divertido brincar só com estes. O avanço tecnológico muito depressa se torna em atraso. Mas não deixa de ter sido o meu primeiro computador...
Bons tempos.
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