A
energia nuclear veio outra vez à tona, pela mão de Patrick Monteiro de Barros, como solução para a dependência portuguesa do petróleo internacional, visto que o barril do mesmo material ronda os 60 dólares. Justificado pelo preço do petróleo, o Patrick precisa de convencer um governo apresentando outros argumentos. O primeiro, desmistificar a insegurança das centrais nucleares, evocando o caso "único" de Chernobyl em que morreram "44 pessoas" segundo o empresário. Patrick é um empresário que quer fazer dinheiro, só que, tal como as pessoas mal intencionadas mente descaradamente e sem pudor. Enquanto as estimativas oficiais russas apresentam 33 como o número de pessoas mortas o New York Times ou a BBC calculam que entre 300 a 300.000 vítimas do desastre nuclear de Chernobyl (ou então mais: "
Today it is believed that over 4 million people in the Ukraine, Byelorussia and western Russia still live on contaminated ground"). Uma pequena diferença, apenas.
Em segundo lugar, Patrick afirma que apenas em Chernobyl houve um desatre nuclear. Esqueceu-se de Three Mile Island ou Tokaimura entre outros, cuja lista pode ser conferida
aqui. Esquecimento apenas. Ou distracção.
Mas, Patrick vai mais longe afirmando que Chernobyl foi um caso raro visto que a situação foi desencadeada apenas por uma "sub-dotação do orçamento" da manutenção da central e por alguma irresponsabilidade humana. Aqui estamos mais descansados: em Portugal nunca houve irresponsabilidade nem sub-dotações. Tens razão Patrick.
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