Nesta situação gerada pelo marido da Terry Schiavo já pensei e repensei sobre o assunto. As conversas sobre se a retirada dos tubos é legítima (não confundir com legal) vão acontecendo aqui e ali. O que mais choca é a ideia de vida para algumas pessoas. Alguns consideram que um (aquele) estado vegetativo irreversível É vida. Noutros gera-se a dúvida se o acto (activo e não consentido) da retirada do tubo não acaba por ser homicídio. Claro que a lei forçada e forjada pelo Congresso com especial atenção de George W. Bush também não foi indiferente: afinal houve mais atenção a esta situação que outras que envolviam cidadãos norte-americanos e em maior número onde a gravidade e mortandade eram superiores.
Num link do Barnabé, descobri o blogue do senador Cristovam Buarque do PT. Neste texto o senador brasileiro expõe as suas ideias. Apesar de desencaminhar o texto do assunto principal (a morte assistida a Terry) toca em alguns assuntos interessantes. Deixo aqui o primeiro parágrafo:
"O pai da norte-americana Terry Schiavo manifestou de uma maneira forte o sentimento que muitos têm expressado no mundo inteiro: disse que ao visitar a filha, depois de uma semana que os aparelhos que a alimentavam haviam sido desligados, ele a viu como um daqueles habitantes da Etiópia. A fome na Etiópia, para ele, é o retrato da sua filha neste momento. O destino daqueles milhões de etíopes se assemelha ao destino que a filha dele terá depois de passar algumas semanas sem receber água ou comida." Lêr Mais.
Foi Cristovan Buarque quem escreveu o famoso texto anti-internacionalização da Amazônia que circulou (e circula) nos mails como panfleto de oposição ao domínio socio-económico mundial dos EUA. O link aqui para quem ainda não leu. Vale mais pela verve poética que pelo conteúdo político, mas ainda assim aconselho a visita.
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