Zé, o tuga do costume, vive num país rodeado pelo laxismo e a ineficiência, deixo-me vencer e vou atrás deles, triste fado trágico-comediado, que é o dia a dia de cada um de nós. o Blog em aberto, porque todos nos identificamos com o aZElha!

 

 

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Quem costuma viajar por essa Lisboa Suburbana, especialmente numa Carris não tão bonita como apregoam mas auficiente para um cidadão não automobilizado, repara na surpreendente homogeneidade na beleza feminina. De facto, os padrões de beleza na Buraca, Cacém, Damaia (linha de Sintra) diferem particularmente dos da linha de Cascais. E não é só um problema de chungas e betos.

Ao reparar nos cartazes espalhados pela cidade (que vim a saber serem patrocinados pela Dove (?)...) dei por mim a pensar nos padrões de beleza vigentes e se haveria uma relação entre esses padrões de beleza e classe social. Dir-me-ão alguns que isso da luta de classes não se justifica e muito menos na beleza feminina. A minha tese vai em sentido contrário.

Numa primeira análise, quem impõe uma moda ou padrão será a classe dominante através das revistas, no entanto, a beleza da classe dominante sempre foi oposta à da classe mais pobre, ou vice-versa. Senão vejamos: No século XVIII ou XIX uma senhora ou menina nunca seriam bronzeadas. Indo mais atrás, a maquilhagem funcionava mais para "esbranquiçar" que dar côr à "alta-roda". Em oposição a mulher de trabalho teria a tez morena por causa do trabalho no campo. No campo ser-se-ia magra. E quem não se lembra dos decotes com grandes "patriotismos" (tanto um como o outro) que devem a sua grandeza ao corpo roliço de quem os carrega?

Hoje passa-se o mesmo: Num país de morenos baixinhos surgem em plenos anos 90 as tias loiras constantemente bronzeadas do solário em oposição à equipa das morenas classe média que só podem ir à Costa da Caparica no fim de semana. Enquanto a populaça engorda as tias esbeltam-se e fica na moda a magreza e o ginásio para não "cair da linha".

Talvez considere que quem faz a moda são os pobres: os ricos e os com poder de compra (os wannabes) fogem a sete pés dos "desvios" estéticos de quem vive no Bairro da Boavista ou na Picheleira. Seriam esses os "desvios" mostrados na dita campanha? Não, não seriam, porque até aí, a velha, a gorda e a borbulhenta são bonitas. Vão enganar outro, ó palhaços!