Ainda sobre o livro lançado pelo Barnabé, procurei por muitos blogues de direita o que por lá se dizia sobre o mesmo; A conclusão é interessante: ou indiferênça ou o "bota-abaixo". Enfim, a direita tão ciosa dos seus valores cristãos de condescendência, tolerância, perdão e justiça não vê (ou recusa-se a vêr) o Barnabé como o maior blogue português. O mais aflitivo é facto de até o Abrupto, comandado por alguém mediático não conseguir ultrapassar o Barnabé. Dou aqui um exemplo.

É óbvio que o poder da blogosfera está a estravasar a sua própria fronteira virtual: A edição de livros, entrevistas aos autores dos blogues, a adopção de blogues por programas televisivos (A Quadratura do Círculo), a transformação dos blogues em programas de TV de entretenimento (O Período e O Gato Fedorento) e a citação de blogues na imprensa corroboram a minha opinião que isto extravasou as mais loucas possibilidades.

O mais interessante na blogosfera, no meu ponto de vista, é a retoma de alguns valores perdidos desde o ínicio da internet (só fui à net pela primeira vez em 1996) entre os quais a absoluta anarquia na informação, isto é, em qualquer ponto da net podiamos encontrar infirmações sobre algo completamente obscuro e que pensávamos que eramos os únicos a pensar. Havia uma liberdade total, que logo alguns tentaram pôr cobro (o congresso dos EUA quiseram legislar sobre a informação na internet), que a blogosfera tem vindo a trazer de volta.

Mais ainda, o facto do anonimato dos escritores permite que pessoas com efectivos poderes na sociedade desmontem situações anómalas numa democracia, embora por outro lado, a censura encampotada também existe.