Lisboa, 06 Out (Lusa) - O ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa anunciou hoje à agência Lusa a sua saída imediata da TVI, na sequência de uma conversa com o presidente da Media Capital, ocorrida a pedido de Miguel Paes do Amaral. "Na sequência de conversa da iniciativa do presidente da Media Capital, Miguel Paes do Amaral, decidi cessar, de imediato, a colaboração na TVI, a qual sempre pude livremente conceber e executar durante quatro anos e meio", declarou Marcelo Rebelo de Sousa à agência Lusa. Marcelo Rebelo de Sousa fazia comentários políticos ao domingo no telejornal da TVI desde 13 de Maio de 2000.”
Nesta recente notícia sobre a demissão de Marcelo Rebelo de Sousa (MRS) da TVI alguns pontos de reflexão sobressaiem nesta situação toda:
1.O descrédito de quem afirmava que a comunicação social estava nas mãos da esquerda (assunção tão ridícula como acéfala [1]);
2. O governo estala os dedos e a Alta Autoridade para a Comunicação Social executa obedientemente, o que não augura boas perspectivas para a democracia portuguesa no futuro;
3. Existe, realmente, censura em Portugal
4. A TVI vai deixar de têr o seu espaço cultural remetendo-se apenas para o lixo televisovo que nos habituou;
5. A blogosfera de direita vai ficar caladinha;
Rui Gomes da Silva, o ministro que, qual virgem ofendida, delatou a tenebrosa intenção de MRS de conspurcar a imagem -intocada segundo ele?- deste executivo viu as suas intenções chegarem a bom porto. Pergunto agora, se qualquer crítica negativa a este governo será punida, não com um lápis azul, mas com um silêncio atroz. Penso que este “fartai, vilanagem!” na direita está a ser um abuso, mesmo nas liberdades da população portuguesa: Depois do 11SET e das eleições legislativas que conferiram o poder ao XV Governo constitucional (o de Durão) e das não-eleições que conferiram poder a este governo, a falta de vergonha condimentada com prepotência chega a níveis nauseabundos.
Agora, após uns dois ou três dias de conversa sobre o assunto, em que se irão trocar galhardetes entre governo, maioria e oposição, em que se irá projectar o futuro de MRS (presidência?, SIC?, Sporting?) tudo voltará à mesma como a lesma. E o que pensam os outros?
[1] Como se o governo de Guterres não tivesse demorado meses e meses para controlar a RTP, como se o maior grupo económico de informação nacional (Expresso, SIC, etc) não fosse de Pinto Balsemão e como a apresentadora do Jornal Nacional na TVI não fosse ex-deputada do CDS)

















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