>>> PORTAS E O PPE
Não me lembro do PP ter sido expulso do PPE em 1994 (se não me falha a memória da data). A justificação deste acto pelo partido europeu baseava-se na tomada de posições mais euro-cépticas claramente incompatíveis com as ideias populares europeias.
Nessa altura seria Manuel Monteiro a comandar os destino deste partido (sendo cabeça de lista às eleições europeias em 1994) que na época não puxava tanto para si o estandarte da democracia-cristã como Paulo Portas apregoa. Anteriormente o PP inseria-se no Grupo da União para a Europa das Nações (salvo erro), grupo parlamentar europeu que tinha 3.35% dos deputados na câmara (21).
Voltou agora a casa. Foi forçado a uma atitude mais europeísta perdendo então esse "nicho" de eleitorado tão bem explorado até pelo Paulo Portas (na defesa de restrição aos imigrantes, por exemplo). Dois vencedores saiem desta decisão: Manuel Monteiro e o seu PND e o PNR. O primeiro porque puxa a si aquele eurocepticismo defensor de Portugal que só ele muito bem entende e o segundo por poder afirmar (mais uma vez) que só os Nacionalistas Renovadores são os verdadeiros defensores dos portugueses contra a "opressão de Bruxelas".
Apesar de apresentar este facto como uma vitória, Paulo Portas, apressou-se - esta noite - a dizer que este facto não descaracterizará o Partido Popular. Mas, mesmo assim, este desvio do PP para se colar ao PSD (agora, novamente nomeado PPD-PSD como nos tempos de Sá Carneiro e a via política social-democrata para o socialismo) vai-lhe custar caro.
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