Zé, o tuga do costume, vive num país rodeado pelo laxismo e a ineficiência, deixo-me vencer e vou atrás deles, triste fado trágico-comediado, que é o dia a dia de cada um de nós. o Blog em aberto, porque todos nos identificamos com o aZElha!

 

 

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sábado, 7 de fevereiro de 2004

>>> A CONCORRÊNCIA: A MARAVILHA DO ENGANO OU GASOLINEIRAS DE TODO O MUNDO: UNI-VOS!

Estava já há algum tempo para mandar esta posta, incentivada pela observacão dos preços de mercado de alguns sectores da nossa economia, mas esta posta do Mata-Mouros, fraca, fraquinha, ainda me deu uma forcinha extra.

Começo por fazer umas brevíssimas considerações sobre concorrência numa economia aberta, não necessariamente justa como se pode observar pela realidade portuguesa. A comercialização cumpre assegurar a transferência dos produtos desde o produtor ao consumidor, de forma regular e com perdas mínimas em que alguns interventores como o Estado e as empresas de distribuição que têm um papel fundamental na melhoraria da eficiência distribuição e venda ao consumidor (não só através de subsídios como no ajustamento do preço ao consumidor, i.e., preço de mercado).

Ora, uma das grandes mentiras do neoliberalismo é a salvaguarda e benefício do consumidor através de um mercado regulado por ele próprio (uma perspectiva desumana) baseado no equilíbrio fluxos de bens e monetários, em que as empresas através da concorrência entre si encontrariam um preço de equilíbrio no mercado que ilustraria a situação da procura e da oferta (blá, blá, blá). A isto poderia-se chamar concorrência perfeita, e mesmo assim tenho as minhas dúvidas enquanto modelo económico justo.

Uma concorrência perfeita é caracterizada por muitos vendedores de pequena dimensão, e por ajustarem a quantidade de produto no mercado (price taker). O domínio sobre o preço é nulo. Um exemplo deste tipo de mercado poderia ser (se não fosse tão regulado) o agrícola.

Alguém consegue achar alguma semelhança deste sistema com o actual sistema de distribuição de combustiveis e prestação de serviços de telecomunicações móveis e fixas? Eu não.

Mata-mouros fala bem, mas não percebe nada de economia. É o seu mal neste post. Diz este nosso amigo: "O «Terras do Nunca» insurge-se contra o recente aumento dos combustíveis por parte de duas majors: a multinacional Shell e a nacional Galp. Esqueceu-se de dizer que na mesma data, outra major, a BP, baixou os seus preços, o que já nos permite escolher, pelo menos na base do preço."

Isto de ter de defender a todo custo um sistema económico senão caímos nas mãos dos comunas é trágico:
1: O mercado dos combustíveis (e o das telecomunicações) não é uma concorrência... nem sequer uma concorrência monopolísitica. É sim um Oligopólio: Poucos vendedores de grande dimenção com produto quase indiferenciado estabelecendo preços de venda - price maker (se repararem até à liberalização do preço da gasolina o que era afixado pelo governo era o PREÇO MÁXIMO, que era rapidamente seguido por todas as gasolineiras) além de terem grande domínio sobre o preço no mercado.

Asim funciona a "concorrência" benéfica para o consumidor no nosso mercado. O desvio de preço que a BP fez foi, pasme-se Mata-Mouros: 0.5 CÊNTIMOS!!!!! Assim, realmente jé posso escolher a BP porque assim posso poupar 1 ESCUDO!!!!! A BP ? a Santa Casa da Misericórdia, sem dúvida...

Em relação às frases seguintes "Uma certa esquerda ficou chocadíssima com a liberalização dos preços dos combustíveis e com os aumentos que se seguiram. Conclusão: toda essa esquerda tem automóvel!" É realmente fraca a argumentação exposta. A esquerda, ao contrário do que Mata-Mouros pensa tem nos outros, no colectivo o objecto de interesse ao contrário da direita, em que o umbigo é o rei. A preocupação com o aumento de gasolina não acaba no rombo que me irá fazer à carteira... Mas sim nas implicações que pode fazer na economia, nos transportes, na politica energética, etc. Mata-Mouros: A esquerda ? diferente da direita. Aprenda isso.

Em relação à apatia da esquerda aquando do aumento de pão, deve ter sido em terra de Andrades e NTV pois cá em baixo, todos falaram nisso. Não, Mata-Mouros...não... A esquerda não come caviar... Quem come isso tem que ter guito, pilim, graveto. (A não ser que não seja de esturjão e que venha do Irão, boa?).

Para acabar em maravilha afirma ainda que "o mercado e os preços fazem-se pela interacção da oferta e da procura e os (milhões) de consumidores têm uma força que pelos vistos desconhecem. Ou não a querem utilizar. É mais fácil pedir ao Estado que tabele os preços do que abdicarmos do nosso confortinho, mesmo que isso seja a forma mais eficaz de penalizar os produtores e de os obrigar a rever a política de preços."

Erro, Mata-Mouros, outro erro... Não aprendeu nada? Os milhões de consumidores SÃO a procura, não são uma entidade à parte. E já agora uma perguntinha de curioso: Como é que um consumidor entre milhões consegue distorcer um preço seu favor? Como? É que essa impossibilidade óbvia em termos reais e económicos e que propiciam ao mecanismo de regulamentação de preços imposto pelo Estado protege os consumidores. Mas Mata-Mouros defende, isso sim, os produtore aliás a entidade mais importante na casa de um comum português: Bolas pá! Coitadas das gasolineiras penalizadas por só poderem aumentar em um ou dois cêntimos no preço de combustível (por litro). É que fora o imposto gostaria de saber qual é o lucro de um litro de gasolina.

GASOLINEIRAS DE TODO O MUNDO! UNI-VOS!