>>> CARTOONS DE GUERRA... A BRINCAR, A BRINCAR...

"Ladies and Gentlemen, we've got him!". Foi assim que começou a notícia sobre a detenção de Sadam Hussein (SH) o tirano iraquiano. À partida todos deveríamos ficar felizes e contentes, mas por que carga de água é que subsiste um sentimento de inquietação, de interrogação ou pior uma quase sensação de injustiça perante um ditador sanguinário? Porquê?

A meu ver, existem várias respostas;
A primeira é cimentada com uma posição anti-americanista que está a invadir alguma da consciência colectiva europeia, que mais me parece ressabiamento ou dor de corno que outra coisa. De facto, temos muitas saudades da altura em que o rufia do recreio éramos nós quando batíamos em alguém mais pequeno: O império perdido. Como tal, não toleramos bem (pelo menos os que não lambem botas) que os EUA sejam os polícias/ladrões do nosso planeta.

A segunda é pelo conjunto de imagens mostradas contendo Sadam a ser catado (exames médicos...) Por alguém de luvas como se a mexer num animal. Ora bem, eu bem sei que SH não se preocupou com o Tratado deGenebra acerca das condições de vida e dignidade dos prisioneiros de guerra (“POW” num qualquer filme rasca de guerra), mas é óbvio que esse tratado foi propositadamente deixado para trás para mostrar ao mundo o tirano sujo que São George W.C. Bush caçou e punirá (“We’ll hunt him down and punish him” no original discurso de George W.. Bush no 11 de Setembro).

A terceira é de alguma injustiça. Nunca se demonstrou que a Al-Qaeda tivesse qualquer ligação com o Iraque e como tal esta caça a SH servirá apenas para inglês ver, isto é, para desviar as atenções das armas de destruição massiça inexistentes, para desviar a atenção de que o Iraque e a AL-Qaeda não têm ligações (até ver) e que o único propósito desta guerra foi e será sempre isto:



Esperarei se Somagues e outras empresas lusas, com o seu “nacional espertismo” não irão também ganhar o seu com esta guerra, isto porque o novo tirano talvez faça no mundo aquilo que fez em casa: Dar, dar, dar, dar e dar a quem mais tem.



SH será julgado. Não no Tribunal Penal Internacional ao qual são demasiado rufias para se puderem deixar submeter, mas sim pelo povo iraquiano. Serão eles a dizer a última palavra, mas como? Vão votar ou será um colectivo de juizes iraquianos comprados com dólares a se pronunciar sobre este julgamento? A resposta será óbvia...