>> SOBRE PROPINAS E ENSINO SUPERIOR PARTICULAR E COOPERATIVO
Numa notícia do Publico Online de hoje, dia 20 de Outubro, anno domini 2003, (em http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1171579&idCanal=74) apetece-me tecer algumas considerações sobre as ideias lá postas. São grandes postas, isso sim. José Alberto Rodrigues, presidente da Federação Nacional do Ensino Superior Particular e Cooperativo, afirma que “concorda com o aumento das propinas e demarca-se da greve estudantil marcada pelas suas parceiras do sector público para 5 de Novembro” e que “repudia as atitudes de algumas associações académicas rejeitando qualquer tipo de desobediência civil ou casos como a ocupação dos senados".
Mais ainda: "Não vemos qualquer problema no aumento das propinas, até porque traz maior justiça social, desde que haja uma acção social correcta", afirmou, mostrando-se ainda de acordo com as prescrições, considerando que “o dinheiro público não deve suportar um aluno na universidade durante oito, nove ou dez anos".
Estas orientações saem duma assembleia geral realizada na universidade Lusíada desta tarde.
Que dizer? Que os estudantes das privadas são todos eles meninos ricos e que se estão nas tintas para aquilo que têm que pagar e como tal se nós vamos ao fundo vocês também têm de ir? Que são todos “muninos” copinhos de leite e que não querem entrar nessa onda comuna de manifs? Que se todos pagarmos – MUITO – então assim há justiça social? Nem tanto ao mar nem tanto à terra, mas que esse menino podia ser afogado num lago de estrume bovino sem qualquer complacência, isso podia.
Vejamos: Quando o Ensino Superior Particular e Cooperativo, através dos seus responsáveis associativos, proclamam haver justiça social quando os seus concorrentes têm de pagar mais para o serem, o que querem dizer com isto? Simples: A concorrência ficará enfraquecida, debilitada com desistências antes de ser concorrência (antes de entrar no ensino superior (ES)) e definhada com saídas a meio do curso... Que maravilha para cursos tão necessários à Humanidade como direito, psicopedagogia educativa e engenharia social, entre outros leccionados em institutos como o Instituto Superior de Engenharia em Ciências Socio-Educativas de Freixo-de-Espada-a-Cinta (ISECSEFEC) e afins...
A demarcação pela revogação da Lei dá um jeitão ao Governo; Não é que o movimento contestatário às propinas pudesse contar com essa corja sub-trinta vendida. De facto, só aparecem nas manifestações quando o tema central é a acção social e a pedir como gente grande, mas uma divisão nos estudantes é sempre bem vinda pelas forças do poder.
Que justiça social é esta que nos obriga a PAGAR um direito? E isto dito por um estudante. Que justiça social existe num desinvestimento em quadros superiores para o país? Meus amigos futuros presidentes de conselhos de administração duma empresa que vos dê um Audi: Portugal não é Taiwan nem a Indonésia!! Temos de investir nos quadro médios e superiores porque já não podemos (e ainda bem) pagar um ou dois dólares por dia a operários fabris como no Sudoeste Asiático; Temos de seguir o caminho da Europa, EUA e Japão... e assim não vamos lá. Mas é giro sermos pouco licenciados, não é? Andarmos na Católica e afins... De qualquer modo como eu posso pagar um curso não tive que estudar doze anos para entrar no ES. Estúpidos os que estudaram. Pagam que se lixam.
Pois é! EU ESTUDEI DURANTE 12 – DOZE – ANOS PARA ENTRAR NUMA PÚBLICA, se vocês se querem queixar vão para a PUTA QUE VOS PARIU e queixem-se aos comerciantes (universidades privadas) que vos vendem o serviço e não nos enterrem a nós.
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