>> OS CARTAZES
Instalou-se uma polémica de grau 3 (numa escala de zero a vinte com zero para o lançamento de um novo telemóvel e grau 5 para o pontapé do Marco no BigBrother) na semana passada quando um dos mais bloggerianos políticos da nossa praça, Pacheco Pereira (PP), criticou o seu colega de côr, Pedro Santana Lopes (PSL) pela profusão de publicidade às obras realizadas (ou por realizar) colocada nas ruas da capital.
Esta situação leva a algumas indagações:
Quanto paga a CML pela campanha?
Quem é que idealiza a publicidade? Departamento de imagem da CML ou outrém?
Será a campanha eficaz e atinge os objectivos de informação aos munícipes?
Será ético, ou pelo menos de bom tom, apregoar o que fazemos (ou não)?
Ora bem, a CML paga à agência publicitária “Interact”, pela criação da imagem da autarquia, 36 mil contos até ao final deste ano, isto é, 6 mil contos por mês. Um problema que se coloca à partida é que a "Interact" não vai “fazer” nada; Vai, apenas, idealizar a campanha em suporte de cartazes, mas NÃO os vai fazer, isso será feito – e pago – a outra empresa. O preço de cada “outdoor” rondará os 600 contos...Seiscentos para se lêr melhor... Contextualizando no mundo publicitário, uma campanha de anúncios para rádio e televisão, custa cinco mil contos por mês. Pois.
A “Interact” foi a empresa escolhida pela CML para publicitar as obras que se vão realizando, ou simplesmente, publicitar... Esta empresa foi responsável pela última campanha eleitoral do PSD e também esteve com Santana Lopes nas autárquicas... à pois!... o PSL não anda a brincar e gosta de tratar bem os seus amigos da Kapital... O seu mentor é um tal de Einhardt Paz, director. Como tal, o departamento de imagem da CML só serve para fazer cartazes e flyers para demonstrações democráticas previamente controladas fazendo lembrar outros tempos - recordados saudosamente por velhinhas calcificadas - ou para imprimir os numerosos editais das juntas de freguesia para os velhos lerem se conseguirem levantar a próstata dos banco s de jardim entre duas partidas de sueca.
Costuma-se dizer que até má publicidade é boa publicidade. Será este o “modus vivendi” de Cinhas Jardins, Lili Caneças, a pimbalhada de apresentadores de TV, etc., mas impõem-se aqui moderação, nem que seja por se estar a utilizar fundos monetários públicos. Nesta campanha vê-se mais o que a CML pretende fazer do que foi feito, e o pouco que foi realizado (como o “parque de estacionamento” na 24 de Julho) só faltava ao actual mandato alfacinha colocar o cartaz... Esta campanha revolta mais do que informa.
Acabarei este post, analisando o primeiro parágrafo: PP terá ou não razão quanto às suas afirmações em relação à falta de chá de PSL ao querer fazer marketing daquilo que deveria fazer enquanto autarca? Considero que a informação aos munícipes é realmente importante, mas existem veículos próprios para isso, como as próprias assembleias municipais ou de freguqseia, boletins municipais e editais. MAis do que isso é puro marketing de imagem. Pessoalmente acho ostentação de riqueza... que não se tem! Se por um lado a cultura foi esquecida com este mandato quando se compara com o anterior, se por outro lado o tachismo continua (as casas do Alto da Ajuda para amigos GNR’s, este caso da propaganda da CML dada a uma empresa que já trabalhou para um partido político, etc.) então por que se apregoa tanto? Haverá essa necessidade ou simplesmente demasiada vontade de mostrar trabalho? Porque isso rende votos: não há dúvidas.
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